Situação demográfica mundial

Statement of the Executive Director on World Population Day – 11 July 2022           World Population Day statement

World Population Day offers a moment to celebrate human progress. Our world, despite its challenges, is one where higher shares of people are educated and live healthier lives than at any previous point in history. Societies that invest in their people, in their rights and choices, have proven time and again that this is the road to the prosperity and peace that everyone wants—and deserves.

Let’s keep this fact in mind when, in the next few months, the total number of people in the world tops 8 billion. This milestone will attract much attention and debate, and likely scaremongering over “too many” people. That would be a mistake.

Focusing only on population numbers and growth rates often leads to coercive and counterproductive measures and the erosion of human rights, for example, to women being pressured to have children or prevented from doing so. It can deepen already acute inequalities, such as through policies shutting down reproductive health care or denying adequate pensions for the elderly, further marginalizing the most disenfranchised.

The population story is far richer and more nuanced than a single number can capture. There may be more people in the world today, but equally important is the unprecedented demographic diversity we see within the global population. A growing number of countries face population ageing, and roughly two-thirds of the world’s population now live in a country or area with below-replacement fertility, or fewer than 2.1 births per woman. Others have youthful and growing populations. And more people are on the move, either by choice or driven by crises ranging from conflict to climate change. Understanding these shifts is critical to harnessing opportunities and mitigating potential downsides.

People are the solution, not the problem. At UNFPA, we advocate for measuring and anticipating demographic changes. Each country should have the information it requires to meet the needs of diverse population groups and ensure that individuals can realize their full potential. When people have the power to make informed choices about whether and when to have children, when they can exercise their rights and responsibilities, they can navigate risks and become the foundation of more inclusive, adaptable and sustainable societies.

Achieving this demographic resilience starts with a commitment to counting not just numbers of people but also opportunities for progress and barriers that stand in its way. This calls for transforming discriminatory norms that hold individuals and societies back. It leads us to economies that work for all people instead of just a few, and to a fair use of resources so that we can mitigate risks and meet the needs of current and future generations.

We are each much more than a number, as is the human family. Numbers matter, but let’s count carefully. A resilient world of 8 billion, a world that upholds individual rights and choices, offers infinite possibilities – possibilities for people, societies and our shared planet to thrive and prosper.

Declaração do Director Executivo no Dia Mundial da População – 11 de Julho de 2022 Declaração do Dia Mundial da População

O Dia Mundial da População oferece um momento para celebrar o progresso humano. O nosso mundo, apesar dos seus desafios, é um mundo em que as percentagens mais elevadas de pessoas são educadas e vivem vidas mais saudáveis do que em qualquer outro ponto da história anterior. As sociedades que investem no seu povo, nos seus direitos e escolhas, provaram repetidamente que este é o caminho para a prosperidade e paz que todos querem e merecem.

Não percamos de vista este facto quando, nos próximos meses, o número total de pessoas no mundo ultrapassar os 8 mil milhões. Este marco atrairá muita atenção e debate, e provavelmente alarmismo sobre “demasiadas” pessoas. Isso seria um erro.

Concentrar-se apenas no número da população e nas taxas de crescimento leva frequentemente a medidas coercivas e contraproducentes e à erosão dos direitos humanos, por exemplo, a que as mulheres sejam pressionadas a ter filhos ou impedidas de o fazer. Pode aprofundar desigualdades já agudas, como por exemplo, através de políticas que encerram os cuidados de saúde reprodutiva ou que negam pensões adequadas aos idosos, marginalizando ainda mais os mais desfavorecidos.

A história da população é muito mais rica e mais matizada do que um único número pode captar. Pode haver hoje mais pessoas no mundo, mas igualmente importante é a diversidade demográfica sem precedentes que vemos no seio da população global. Um número crescente de países enfrenta o envelhecimento da população, e cerca de dois terços da população mundial vive actualmente num país ou área com uma fertilidade inferior à de substituição, ou menos de 2,1 nascimentos por mulher. Outros têm uma população jovem e em crescimento. E há mais pessoas em movimento, quer por opção ou impulsionadas por crises que vão desde os conflitos às alterações climáticas. A compreensão destas mudanças é fundamental para aproveitar as oportunidades e mitigar potenciais desvantagens.

As pessoas são a solução, não o problema. No UNFPA, defendemos a medição e a antecipação das mudanças demográficas. Cada país deve ter a informação necessária para satisfazer as necessidades de diversos grupos populacionais e assegurar que os indivíduos possam realizar todo o seu potencial. Quando as pessoas têm o poder de fazer escolhas informadas sobre se e quando devem ter filhos, quando podem exercer os seus direitos e responsabilidades, podem navegar pelos riscos e tornar-se a base de sociedades mais inclusivas, adaptáveis e sustentáveis.

Atingir esta resiliência demográfica começa com o compromisso de contar não só o número de pessoas, mas também as oportunidades de progresso e as barreiras que se colocam no seu caminho. Isto exige a transformação de normas discriminatórias que atrasam os indivíduos e as sociedades. Leva-nos a economias que funcionam para todas as pessoas em vez de apenas algumas, e a uma utilização justa dos recursos, para que possamos mitigar os riscos e satisfazer as necessidades das gerações actuais e futuras.

Cada um de nós é muito mais do que um número, tal como o é a família humana. Os números são importantes, mas vamos contar cuidadosamente. Um mundo resiliente de 8 mil milhões, um mundo que defende os direitos e escolhas individuais, oferece infinitas possibilidades – possibilidades para as pessoas, as sociedades e o nosso planeta comum florescerem e prosperarem.