Trabalhos que se focam sobre as tendências contemporâneas da fecundidade, particularmente os fatores sociais, culturais, económicos, políticos que influenciam o comportamento procriador (retardamento da procriação, número de filhos, relação entre profissão e reprodução, paridade de género nas dinâmicas dos casais, monoparentalidade, entre outros).

Trabalhos sobre o casamento enquanto instituição social e sobre as conjugalidades, incluindo aqui as novas formas de parceria e as suas implicações nas estruturas familiares.

Mais genericamente, trabalhos sobre a Família, incluindo aqui sob uma perspetiva histórica.

Coordenadores: Maria Filomena Mendes, Vanessa Cunha, Sónia Cardoso, Lara Tavares

Trabalhos focados na mortalidade em geral, integrando abordagens mais específicas à esperança de vida, mortalidade infantil, causas de morte.

Trabalhos sobre morbilidade, incluindo as questões da perceção da saúde, fatores de risco, determinantes da doença, incapacidade e dependência, e outros trabalhos sobre saúde pública, incluindo os estudos epidemiológicos.   

A saúde pública (indicadores, efeitos das políticas públicas, organização dos cuidados de saúde) enquanto objeto de estudo.

Coordenadores: Paula Santana, Maria da Graça Morais, Alice Delerue

Trabalhos que incidam sobre movimentos migratórios transnacionais, incluindo a abordagem das suas causas e efeitos, as suas modalidades práticas, os desafios da integração das populações imigrantes e os problemas de discriminação que encontram.

Questões identitárias decorrentes dos processos migratórios transnacionais, incluindo as dinâmicas sociodemográficas dos grupos sociais minoritários.

Coordenadores: Jorge Malheiros, José Carlos Marques

Trabalhos sobre eventos demográficos associados a transições residenciais ao longo do ciclo de vida, em diferentes contextos sociais, sobre a mudança sociodemográfica de ambientes urbanos gentrificados, periferizados, guetizados, a criação de novas centralidades urbanas, a fixação da população em territórios não urbanos. Questões mais específicas sobre subsistemas urbanos (transportes, educação, outras redes de equipamentos sociais) poderão ter enquadramento, em função da ênfase concedida à população nas respetivas abordagens. O problema social dos sem-abrigo inclui-se igualmente nesta área temática.

Coordenadores: Alda Azevedo, Paulo Machado

Trabalhos que aprofundam o fenómeno do envelhecimento demográfico (através de estudos de dinâmica populacional) e do fenómeno do envelhecimento individual nas sociedades contemporâneas e as suas diferentes consequências (familiares, grupais e comunitárias). Estudos sobre desigualdades socioeconómicas, trabalho e reforma, saúde e mortalidade, cuidados sociais e de longa duração. Incluem-se ainda os temas que hoje se mobilizam a partir do conceito de longevidade.

Coordenadores: Stella Bettencourt da Câmara,Maria João Valente Rosa,José São José

Trabalhos que acolham reflexões sobre o que genericamente se pode entender por interações entre demografia e economia, nomeadamente o comportamento demográfico e económico das famílias, em relação à sua reprodução, consumo, transferências intergeracionais, entre outros aspetos da dinâmica da família enquanto unidade produtiva e agente económico, sem esquecer o impacto dos incentivos sociais públicos no comportamento individual ou familiar.

Trabalhos sobre as relações entre a estrutura da população e o mercado de trabalho, sobre níveis salariais, mobilidade profissional e discriminação, com relevo para as questões da reforma e das pensões.

Coordenadores: Paula Albuquerque, Amilcar Moreira

Trabalhos que visem o estudo dos movimentos populacionais internos, de fixação ou partida, que têm moldado as regiões e a sua dinâmica populacional, espacial, económica, social e cultural. Podendo afirmar-se como estudos de mais largo espectro disciplinar, cabem aqui os trabalhos sobre territórios de baixa densidade demográfica, sobre sustentabilidade demográfica, dinâmicas de fixação decorrentes da criação de pólos agro-industriais, industriais, tecnológicos, com destaque para novas centralidades regionais, e trabalhos que abordem a emergência de novas identidades associadas a esses movimentos populacionais.

Trabalhos sobre as políticas locais de apoio à fixação de famílias.

Coordenadores: Maria João Guardado Moreira, Maria Cristina Sousa Gomes

Trabalhos que procuram refletir, quer com recurso a exercícios empíricos, quer num plano mais teórico, sobre as relações entre a população e as suas condições ambientais, e nomeadamente sobre o impacto das alterações climáticas e a degradação ambiental na vida das populações.

Estudos sobre deslocamentos decorrentes de crises ambientais (desastres naturais ou tecnológicos), fenómenos meteorológicos extremos, entre outros processos com elevado potencial disruptivo (elevação do nível médio das águas do mar, desertificação, perda de biodiversidade), e o seu impacto diferenciado na vida das populações, gerando dinâmicas populacionais adversas, serão acolhidos por esta área temática.

Igualmente, os trabalhos que reflitam o papel do ambiente/questões ambientais (e/ou políticas públicas de ambiente) em processos de desenvolvimento (regional, rural).

Coordenadores: Susana Clemente, João Craveiro

Trabalhos que versam abordagens teóricas à população enquanto objeto científico e à Demografia enquanto sistema de produção científica, e de exploração de conceitos e métodos de diferentes campos e disciplinas científicas conexas com a ciência demográfica. Inclui ainda trabalhos de demografia histórica, de demografia política, de política demográfica, e estudos demográficos em perspetiva e comparação internacionais.

Coordenadores: Teresa Rodrigues, Ana Fernandes

A identificação de áreas temáticas, que nalguns casos configuram campos científicos já (re)conhecidos na Demografia, tem grandes vantagens em termos de organização de um evento como é o caso do VI Congresso Português de Demografia.
Mas, e inevitavelmente, acarreta alguns riscos, como seja a dificuldade de contemplar alguns trabalhos, sem dúvida importantes, mas que pelas suas características não são facilmente enquadrados.
A própria evolução da ciência demográfica ditará, no futuro, se se justifica a criação de novas áreas temáticas que, porventura, venham a acolher alguns destes trabalhos, que agora se poderão considerar, até, emergentes.